sábado, setembro 20, 2014

MONUMENTOS ESPANHÓIS APARECEM NAS REDES SOCIAIS COM BANDEIRAS DO CALIFADO DA SÍRIA E DO IRAQUE

Fonte: http://observador.pt/2014/09/04/monumentos-espanhois-aparecem-nas-redes-sociais-com-bandeira-estado-islamico/   (artigo originalmente redigido sob o novo aborto ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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Montagem de bandeiras do Estado Islâmico do Iraque e do Levante em monumentos espanhóis, vídeos sobre a conquista de quase toda a Península Ibérica e o aparecimento real de bandeiras em território espanhol. Os militantes do Estado Islâmico sonham conquistar a Al-Andalus.
Falando a partir da Síria, em espanhol, o interveniente árabe de um vídeo publicado pelo El Mundo avisa que vive sob a bandeira islâmica e que morrerá por ela. As conquistas vão “de Jacarta à Andaluzia. “E digo-vos, Espanha é a terra dos nossos avós e vamos abri-la, se Deus quiser, com o poder de Alá”.
O jihadista foi identificado como Nouredin Majdoubi e é do norte de Marrocos, o país magrebino mais próximo de Espanha. O jornal El Mundo refere que já mais de 1.200 marroquinos aderiram ao Estado Islâmico. Assim como meia centena de espanhóis ou estrangeiros residentes em Espanha.
Espanha esteve sob domínio árabe durante oito séculos (VIII a XV). O objectivo de muitos apoiantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante parece passar por recuperar para o Islão todas as terras que em tempos foram dominadas por muçulmanos e, por isso, integravam o califado, onde se inclui o Al-Andalus – território em Portugal e Espanha. Foram os tempos áureos do império árabe.
Na terça-feira, o partido Plataforma por Catalunya denunciou o aparecimento de uma bandeira do Estado Islâmico à entrada de Salt, em Girona.
Outra modalidade escolhida pelos fanáticos do grupo terrorista consiste em inundar a rede de mensagens instantâneas Twitter com fotomontagens de monumentos históricos erigidos nos tempos da Espanha muçulmana, como o Palácio da Aljafería, em Saragoça, ou a Alhambra, em Granada, com a bandeira do EIIL em frente ao edifício e a inscrição “somos todos o Estado Islâmico”.
“Espanha faz parte dos objectivos estratégicos da jihad global”, admitiu em Março o Ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández. A 11 de Março de 2004, Madrid sofreu um ataque terrorista de uma célula da al-Qaeda, organizado por Amer Azizi, um marroquino casado com uma espanhola.