sexta-feira, setembro 23, 2016

OCIDENTE CONTRA ORIENTE - (DESDE) HÁ DOIS MILÉNIOS E MEIO

«A Batalha de Salamis», pintura romântica de Wilhelm von Kaulbach, 1868

A 22 de Setembro de 480 antes da era comum ou cristã, os Gregos alcançaram uma vitória definitiva contra os Persas na batalha naval de Salamina. Este evento marcou o fim da empresa persa de conquista do Ocidente. Seguiu-se uma idade de ouro na Grécia, onde floresceu a cultura que conhecemos como sendo a clássica.
Os Gregos, em grande desvantagem numérica, ousaram enfrentar o maior império da zona e triunfaram. A insubmissão aos ditames aparentemente invencíveis da natureza material parece ser, desde essa época, uma característica típica do Ocidente, como diz Louis Rougier em «O Conflito do Cristianismo Primitivo Com a Civilização Clássica».
Comemora-se pois uma vitória do Ocidente sobre o Oriente - do Ocidente amante da liberdade sobre o Oriente despótico.

Dizia Aristóteles que a Humanidade se dividia em três grandes grupos:
- no centro do mundo, os Gregos, homens livres e racionais;
- em cima e em baixo, a leste e a oeste, estavam os bárbaros.

Mas os bárbaros não eram todos iguais:
- aqueles que viviam a norte dos Gregos (os povos indo-europeus bárbaros, tais como os Trácios, os Celtas, etc.) eram livres e valorosos mas não pensavam racionalmente nem se organizavam politicamente;
- aqueles que se encontravam a sul e a oriente dos Gregos - ou seja, os Egípcios e os Asiáticos - eram tão capazes de criar cultura como os Gregos, mas não sentiam aspiração à liberdade, não tinham iniciativa, eram fracos, gregários e, por isso, viviam subjugados.

Isto é, aquilo que já há mais de dois milénios existia em comum entre os Gregos antigos e os outros povos da Europa, era precisamente a valorização da Liberdade.

Os Romanos divinizaram-Na com o nome de Libertas, personificada em figura feminina vestida de branco, acompanhada de um gato, animal que não se submete, e tendo numa das mãos um ceptro quebrado e na outra e uma lança encimada por um barrete frígio. Prestaram-Lhe especial culto e consideraram-Na associada ao próprio Júpiter, Deus Máximo, O qual A gerou com Juno (que, por acaso, são Ambos adorados a 23 de Setembro, mas não confirmo esta informação, que não encontro no calendário romano que actualmente consulto).

César, na sua «De Bello Gallico», ou «A Guerra das Gálias», reconhecia aos seus inimigos Celtas e Germanos um valor respeitável devido ao amor que tanto uns como outros nutriam pela liberdade. E, em coisas de História, a fonte escrita diz por vezes tanto ou mais a respeito de quem a escreve do que a respeito do objecto sobre a qual é escrita. Ora, tal consideração da parte de César revela que este tinha em alta estima o ideal da Liberdade.
Tácito, por seu turno, na obra «A Germânia», compara os livres e bravos Germanos com os civilizados e subservientes Persas... Voltando a César, parece ter sido ele quem afirmou que os Lusitanos eram um povo que não se governava nem deixava que o governassem.
Séculos e séculos depois, seriam os descendentes de Gregos, Romanos, Celtas e Germanos quem levaria ao resto do mundo o respeito pela sagrada Libertas, sem a qual não há Dignitas, acrescento eu, da minha lavra...

Quanto aos Persas, é verdade que eram, tal como os Helenos, de origem árica, mas também é verdade que, no momento em que chegaram à Hélade, levavam consigo uma pesada carga orientalista. Sabido é que quem conta a História impõe a sua versão dos factos e a História que conhecemos dessa época é-nos relatada pelos Gregos, inimigos mortais dos Persas. É pois necessário tomar o relato helénico cum grano salis. Independentemente disso, o que fica evidente, pelo modo como os Gregos gabam a diferença entre a sua liberdade e o alegado despotismo da sociedade persa, é o apreço grego, digamos, ocidental, pela Liberdade, uma das heranças ideológicas centrais do Europeu contemporâneo.

O Oriente, por vocação ou necessidade, não deixou ainda de exportar imperialismo. O Islão, que, no mesmíssimo espírito que Aristóteles atribuía aos Orientais, significa precisamente «submissão a Alá», cresce a olhos vistos em solo europeu, não porque os descendentes de Helenos, Latinos e Nórdicos sejam hoje menos apreciadores da Liberdade do que eram os seus ancestrais - são-no é cada vez mais - mas sim porque entretanto quem controla politicamente a Europa permite, por diversos motivos estranhos à salvaguarda identitária, a proliferação demográfica nas terras do Ocidente de asiáticos seguidores de Mafoma. Invocar o primado da Liberdade é pois um dos vectores chave para que se dirija uma resistência europeia interna eficiente e uma salvaguarda do rosto europeu.

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://www.youtube.com/watch?v=4CoCPN24GbU


Caturo, a origem do falar Americano. Que te parece?

24 de setembro de 2016 às 01:09:00 WEST  
Blogger Pedro said...

Ora.

Lá estão vocês a atribuir valor facial aos preconceitos racistas do Aristoteles.

Eram civilizações rivais. As grande potências da época. Não percebem que isso leva ao preconceito ?

Os russos e os americanos na época da guerra fria também diziam muitas coisas sobre os supostos vícios do povo rival. A maior parte não passava de propaganda. A era de Aristoteles não é diferente.

Por exemplo, começam a aparecer estudos que levantam a questão da democracia dita grega ter sido sido primeiramente desenvolvida nas cidades estado fenícias, cuja organização precede mas é muito semelhante à das cidades gregas - ou melhor, a organização grega é que é semelhante à fenícia, visto que foram os fenícios que fizeram o contacto entre o mundo ocidental selvagem e a civilização urbana oriental.

E os celtas ou germanos eram verdadeiramente mais livres ? Episódios como o do vaso de Clóvis elucidam muito bem o valor prático dessa liberdade.

Historicamente a maior parte dos reis germanos traíram a sua religião ancestral, obrigaram à força os seus povos a conervetrem-se e atacaram os poucos germanos leais e os povos eslavos que mantinham a sua lealdade cultural obrigando-os a converterem-se à força à farça incrível de que um empregado de carpintaria judeu é o deus de todo o universo.

Vocês mesmos estão-se sempre a queixar disso neste blogue. Não se lembram ?

Isso é que é a grande liberdade inata dos povos europeus ?

E só os orientais exportam imperialismo ? Os impérios macedónio, romano, a era colonial do imperialismo nacionalista europeu que conquistou todo o mundo são o quê ?

24 de setembro de 2016 às 13:53:00 WEST  
Anonymous Arauto said...

Olha-me para isto, Caturo:

https://i.imgur.com/bbLGJ6P.jpg

24 de setembro de 2016 às 17:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, de 2006 a 2014 a nacionalidadee portuguesa foi atribuída a 340 mil pessoas(a esmagadora maioria de fora da Europa). Portugal está pior que a França, ou que a Inglaterra, porque somos somente 10 milhões e não temos a resistência (em voto) que eles têm com a FrontN.

http://www.asjp.pt/2016/04/17/estrangeiros-nacionalidade-dada-a-340-mil-numa-decada/

Quantas cidades em Portugal têm 340 mil pessoas? umas 4? isto é uma colonização e substituição e extinção dos portugueses/europeus numa escala nunca antes vista.

25 de setembro de 2016 às 12:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Nação vassala dos EUA,Inglaterra, e inimiga dos povos e nações indo-europeias que ainda compõem a Europa apontam dedo acusador á Nação que hoje é a grande esperança para toda a Europa


http://www.tsf.pt/internacional/interior/reino-unido-acusa-a-russia-de-prolongar-a-guerra-na-siria-5407971.html

25 de setembro de 2016 às 12:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://gazetarussa.com.br/defesa/2016/09/22/video-registra-testes-do-novo-caca-t-50_632293

25 de setembro de 2016 às 12:49:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«https://i.imgur.com/bbLGJ6P.jpg»

Pois, mas eram só meia dúzia e não iam alterar nada, pois claro que não... o que era preciso era que os Europeus continuassem a dormir enquanto a elite reinante lhes enchia a casa de alógenos... aliás, o próprio papa chegou a dizer que estava a haver uma «invasão árabe» (sic) na Europa e que isso era uma coisa boa...

26 de setembro de 2016 às 00:38:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«https://www.youtube.com/watch?v=4CoCPN24GbU


Caturo, a origem do falar Americano. Que te parece?»

Não sei, mas acho muito provável - suspeito que grande parte senão a maior parte dos colonos britânicos da América do Norte devia ser das zonas da Grã-Bretanha em que se pronuncia o r final: Escócia, Gales, Cornualha e zona ocidental de Inglaterra...

26 de setembro de 2016 às 00:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Que giro. Então os orientais é que são naturalmente imperialistas e contra a liberdade dos povos. Isto já seria naturalmente pouco inteligente de dizer da parte de um ocidental em geral, visto que o ocidente construiu impérios que conquistaram o mundo, oriente incluido. Mas então vindo de nacionalistas portugueses, sendo que Portugal construiu o primeiro império moderno e foi o ultimo a desistir... Sendo que o império multinacional foi a própria razão de ser politica do país durante quase toda a existência da nacionalidade. Sendo que os nacionalistas, precisamente, lamentam o 25 de Abril que acabou com o império, toda a vossa tese é de um ridículo atroz.

26 de setembro de 2016 às 23:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Verdadeiramente pouco inteligente, além de pouco instruído, é vir dizer que os Nacionalistas portugueses queriam a manutenção do império. Ainda que isto seja afirmado por um gajo qualquer à mesa de um café, ainda se desculpa, mas quando vem da parte de quem pretende ser conhecedor do Nacionalismo em Portugal, mostra baixo nível de conhecimento. Há de facto patriotas em Portugal que queriam retornar ao Portugal imperial, ou pelo menos lamentam a sua perda, mas esses estão em minoria e são cada vez menos desde há uns dezasseis anos ou mais... e, aliás, já no final dos anos vinte, dealbar dos anos trinta, havia nas fileiras do Nacionalismo português quem fosse a favor de que Portugal largasse de vez o império, o qual só trazia problemas.
Já agora, a nacionalidade nasceu bem antes do dito império e não há nada que indique durante toda a primeira dinastia que a «vocação» de Portugal era imperial... que mais tarde se tenha criado o mito da «missão» portuguesa no mundo, isso é propaganda posterior, tendo sobretudo uma raiz cristianizadora, mas em nada condiciona o Nacionalismo português em si, que facilmente pode alijar essa carga, a qual só o contradiz na raiz.

Impérios todos tiveram, de todos os ocidentes e orientes. Sucede que neste episódio em concreto o império vinha do oriente. E o que os sempre agastados com o complexo de culpa branco insistem em imbecilmente tentar ocultar é que foi o Ocidente que acabou por todo o mundo com os impérios - o Ocidente acabou tendencialmente com os impérios de forma notoriamente unilateral. As ideologias anti-imperiais tiveram berço no Ocidente, isto desde há milhares de anos - já há mais de dois mil anos Tácito glorificava uma tribo germânica por não querer tomar conta de território estrangeiro; e, bem antes disso foi atribuído a Leónidas a seguinte resposta a Xerxes: «se soubesses o que era bom na vida abstinha-te de desejar mandar em coisas estrangeiras».


27 de setembro de 2016 às 01:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quanto ao que diz o caro Pedro mais acima, confunde a necessidade de tomar cum grano salis a versão de um dos oponentes, por um lado, e, por outro, o conteúdo ideológico da versão em si.
O mais cansativo é que eu especifiquei bem a diferença entre uma coisa e outra no texto: claro que Aristóteles é uma fonte parcial, claro que era de esperar que ele dissesse bem dos Gregos, mas o que aqui salientei não foi que «os Gregos eram os bons»,

mas sim

o motivo pelo qual os Gregos diziam que eram os bons.

O motivo.

Aquilo de que se gabavam.

Dificilmente um radical muçulmano irá gabar-se de ser democrata, a menos que esteja a fazer propaganda para enganar infiéis - mas se o estiver a fazer, isso demonstra que os infiéis para os quais está a falar valorizam a Democracia.

O que portanto faço notar é que os Gregos se gabavam, não apenas de serem os mais fortes, evidentemente, mas também, e isto é que interessa, de salvaguardar a liberdade democrática. A liberdade democrática era para eles um valor, enquanto para os actuais fascistas, por exemplo, é um anti-valor.

Quanto à origem da Democracia residir na Fenícia, pois teorias há muitas, mas nesse caso a Democracia poderia ser ainda mais antiga, derivando por exemplo da assembleia dos nobres hitita (panku), presumivelmente bem anterior aos Fenícios... até entre os primitivos Eslavos se encontra uma política democrática, parecendo mais verosímil que derive de uma antiga tendência tribal indo-europeia, como se regista entre os Germanos, do que o resultado de uma influência asiática.

Quanto aos reis germanos, é preciso ver se são «os reis» germanos ou uns quantos reis poderosos entre os Germanos... significativamente, os que mais poder monárquico tinham foram os que mais se aproximaram do Mediterrâneo e que mais facilmente se converteram ao Cristianismo... muitos outros houve que lhes resistiram tanto quanto puderam. E dizer que não havia um princípio de Democracia entre os antigos Germanos só porque a alguns dos seus monarcas a cobiça do poder pessoal os levou a trair a sua herança religiosa é um bocado pior do que confundir a árvore com a floresta, para dizer o mínimo...

A respeito dos imperialismos ocidentais, ler resposta imediatamente acima.

27 de setembro de 2016 às 01:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

É verdade. Basta pensar nos aristocratas e imperadores romanos ou nos reis e nobres de origem germânica que os sucederam para rebentar a rir com a ideia da liberdade inata dos ocidentais. Escravizaram os seus próprios povos, tratando-os como gado que dividiam entre a família. A retórica nacionalista é de morrer a rir. E vá lá, porque quando estavam no poder os nacionalistas matavam-nos de maneiras mais literais com as suas guerras constantes entre estados e grupos étnicos.

27 de setembro de 2016 às 05:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não foi talvez por acaso que essa mensagem estava no divisor «spam»... depois de eu ter explicado que a questão da tendência ocidental para a liberdade é isso mesmo, uma questão de tendência geral, passando por cima das excepções e, mais importante do que isso, cristalizando-se hoje na Democracia contemporânea, depois de tudo isso, vem mais um pegar em caganifâncias passadas para fazer de conta que eu não disse nada. É assim a retórica mundialista - feita de cobardia intelectual e de desvios de conversa. Pois muito bem, cá vai outra vez, do princípio...:

A 22 de Setembro de 480 antes da era comum ou cristã, os Gregos alcançaram uma vitória definitiva contra os Persas na batalha naval de Salamina. Este evento marcou o fim da empresa persa de conquista do Ocidente. Seguiu-se uma idade de ouro na Grécia, onde floresceu a cultura que conhecemos como sendo a clássica. Os Gregos, em grande desvantagem numérica, ousaram enfrentar o maior império da zona e triunfaram. A insubmissão aos ditames aparentemente invencíveis da natureza material parece ser, desde essa época, uma característica típica do Ocidente, como diz Louis Rougier em «O Conflito do Cristianismo Primitivo Com a Civilização Clássica». Comemora-se pois uma vitória do Ocidente sobre o Oriente - do Ocidente amante da liberdade sobre o Oriente despótico.
Dizia Aristóteles que a Humanidade se dividia em três grandes grupos: - no centro do mundo, os Gregos, homens livres e racionais; - em cima e em baixo, a leste e a oeste, estavam os bárbaros.
Mas os bárbaros não eram todos iguais: - aqueles que viviam a norte dos Gregos (os povos indo-europeus bárbaros, tais como os Trácios, os Celtas, etc.) eram livres e valorosos mas não pensavam racionalmente nem se organizavam politicamente; - aqueles que se encontravam a sul e a oriente dos Gregos - ou seja, os Egípcios e os Asiáticos - eram tão capazes de criar cultura como os Gregos, mas não sentiam aspiração à liberdade, não tinham iniciativa, eram fracos, gregários e, por isso, viviam subjugados.
Isto é, aquilo que já há mais de dois milénios existia em comum entre os Gregos antigos e os outros povos da Europa, era precisamente a valorização da Liberdade.
Os Romanos divinizaram-Na com o nome de Libertas, personificada em figura feminina vestida de branco, acompanhada de um gato, animal que não se submete, e tendo numa das mãos um ceptro quebrado e na outra e uma lança encimada por um barrete frígio. Prestaram-Lhe especial culto e consideraram-Na associada ao próprio Júpiter, Deus Máximo, O qual A gerou com Juno (que, por acaso, são Ambos adorados a 23 de Setembro, mas não confirmo esta informação, que não encontro no calendário romano que actualmente consulto).

28 de setembro de 2016 às 00:46:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Continuando...

César, na sua «De Bello Gallico», ou «A Guerra das Gálias», reconhecia aos seus inimigos Celtas e Germanos um valor respeitável devido ao amor que tanto uns como outros nutriam pela liberdade. E, em coisas de História, a fonte escrita diz por vezes tanto ou mais a respeito de quem a escreve do que a respeito do objecto sobre a qual é escrita. Ora, tal consideração da parte de César revela que este tinha em alta estima o ideal da Liberdade. Tácito, por seu turno, na obra «A Germânia», compara os livres e bravos Germanos com os civilizados e subservientes Persas... Voltando a César, parece ter sido ele quem afirmou que os Lusitanos eram um povo que não se governava nem deixava que o governassem. Séculos e séculos depois, seriam os descendentes de Gregos, Romanos, Celtas e Germanos quem levaria ao resto do mundo o respeito pela sagrada Libertas, sem a qual não há Dignitas, acrescento eu, da minha lavra...
Quanto aos Persas, é verdade que eram, tal como os Helenos, de origem árica, mas também é verdade que, no momento em que chegaram à Hélade, levavam consigo uma pesada carga orientalista. Sabido é que quem conta a História impõe a sua versão dos factos e a História que conhecemos dessa época é-nos relatada pelos Gregos, inimigos mortais dos Persas. É pois necessário tomar o relato helénico cum grano salis. Independentemente disso, o que fica evidente, pelo modo como os Gregos gabam a diferença entre a sua liberdade e o alegado despotismo da sociedade persa, é o apreço grego, digamos, ocidental, pela Liberdade, uma das heranças ideológicas centrais do Europeu contemporâneo.
O Oriente, por vocação ou necessidade, não deixou ainda de exportar imperialismo. O Islão, que, no mesmíssimo espírito que Aristóteles atribuía aos Orientais, significa precisamente «submissão a Alá», cresce a olhos vistos em solo europeu, não porque os descendentes de Helenos, Latinos e Nórdicos sejam hoje menos apreciadores da Liberdade do que eram os seus ancestrais - são-no é cada vez mais - mas sim porque entretanto quem controla politicamente a Europa permite, por diversos motivos estranhos à salvaguarda identitária, a proliferação demográfica nas terras do Ocidente de asiáticos seguidores de Mafoma. Invocar o primado da Liberdade é pois um dos vectores chave para que se dirija uma resistência europeia interna eficiente e uma salvaguarda do rosto europeu.

É preciso mais ou vai-se outra vez falar nos reis germânicos imperiais e etc. e tal, para voltar a desviar a conversa?

28 de setembro de 2016 às 00:47:00 WEST  

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