quarta-feira, maio 20, 2015

PIVETES QUE FILMARAM A DISPARAR CONTRA GATOS PROCESSADOS E INVESTIGADOS PELA GNR

Jovens ciganos divertem-se a dar tiros em gatos - clicar para ver vídeo: http://www.cmjornal.xl.pt/multimedia/videos/detalhe/jovens_divertem_se_a_dar_tiros_em_gatos.html

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Na sequência do vídeo que esta quinta-feira começou a rodar nas redes sociais, entretanto publicado no site do Correio da Manhã, onde dois jovens se filmaram a dar tiros de pressão-de-ar em gatos, a Associação AMOVER garantiu ao CM que vai "apresentar queixa" contra os autores dos actos de violência. 
Mafalda Campos, fundadora da AMOVER, lamenta que estes casos sejam "representativos da realidade portuguesa". A jurista garante que, no que toca à defesa dos animais, "Portugal está 150 anos atrás de países desenvolvidos", como a Alemanha ou Inglaterra, e que precisa de uma legislação mais forte que iniba os infractores. "Os jovens já não são propriamente miúdos e se a melhor coisa que têm para fazer é atirar em gatos, alguma coisa está errada. É preocupante", lamenta a responsável da AMOVER. 
No ano passado foi aprovado na Assembleia da República um decreto-lei que prevê penas de cadeia até três anos para quem for considerado culpado de maus-tratos a animais. No entanto, para a AMOVER "não chega". "Não podemos ter uma lei que não actua e que pune levemente quem prevarica". Mafalda acredita que "a sensibilização tem que partir de casa" mas reitera que "as escolas têm um papel fundamental na mudança das mentalidades dos jovens portugueses". "O animal perante a lei é uma 'coisa' e um animal não pode ser tratado como um objecto. Enquanto forem objectos é difícil mudar a realidade do País", conclui a jurista. 
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Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/associacao_processa_atiradores_de_gatos.html


A GNR vai participar ao Ministério Público o caso de dois jovens que se filmaram a dar tiros de pressão de ar a gatos, da janela de uma habitação em Guimarães, informou hoje à Lusa fonte daquela força.
Segundo a força, o vídeo acabou por ser publicado nas redes sociais, motivando "uma catadupa" de queixas ao Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), através do número do SOS Ambiente e Território.
"O SEPNA já identificou os jovens em causa e o caso vai ser encaminhado para o Ministério Público", acrescentou.
Mafalda Campos, da associação AMOVER, disse à Lusa que esta colectividade vai constituir-se assistente no processo.
"Este é apenas mais um exemplo do que é a má formação e a falta de cidadania", criticou.
Disse ainda que a legislação portuguesa sobre a matéria é "escassa" e mesmo assim "raramente é aplicada", pelo que "até se torna obsoleta face a outras realidades europeias".
"Vamo-nos constituir assistentes para evitar que o processo seja arquivado", referiu.
Em causa poderá estar um crime de maus-tratos contra animais, aprovado em Julho de 2014 pela Assembleia da República.
Actualmente, quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.
Em caso de abandono, está prevista uma pena de prisão até seis meses de prisão ou com pena de multa até 120 dias.
Se dos maus tratos resultar a morte do animal de companhia, a privação de importante órgão ou membro ou a afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção, o agente é punido com a pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.
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Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/pais/387504/ministerio-publico-vai-investigar-jovens-que-se-filmaram-a-alvejar-gatos

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Ainda é pouca, a punição, mas já constitui avanço, notório quando comparado com a realidade portuguesa há não muitos anos. Uma situação destas nem seria notícia há vinte anos, sequer há dez. E quem se indignasse demasiado com uma cena destas ainda lhe veria ser aplicado algum rótulo de ingénuo ou infantil para baixo. Era comum, noutros tempos, as crianças caçarem e até matarem animais só por divertimento. Na Europa isso tem mudado rapidamente e o laxismo adulto para com a crueldade dos petizes é cada vez menor, o rigor aumenta, o sinal é positivo, pelo menos enquanto a Europa continuar a ser europeia e não venha tal desenvolvimento a ser interrompido por influência de culturas externas ao Ocidente...