sexta-feira, outubro 24, 2014

PROFESSORA AGREDIDA POR «FEIRANTES»...

Página com vídeo incorporadohttp://www.tvi24.iol.pt/sociedade/cerco/professora-agredida-e-falso-caso-de-ebola-leva-psp-a-escola-do-porto (texto da notícia originalmente redigido sob o novo aborto ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada por duas vezes, esta terça-feira, à escola básica e secundária do Cerco, na zona de Campanhã, no Porto. Ao final da manhã, as autoridades foram chamadas para uma agressão a uma professora por parte da mãe de uma aluna. E, cerca de duas horas mais tarde, foram chamadas para controlar uma pequena multidão que se tinha concentrado à porta da escola por causa de um boato em torno de um suposto caso de ébola. 
«Uma circunstância não esteve relacionada com a outra», explicou à TVI fonte da PSP do Porto. 
«Cerca das 12:45, fomos chamados para uma situação de agressão. Uma aluna ter-se-á portado menos bem numa aula e a professora tirou-lhe o telemóvel. No final da aula, a aluna exigiu o telemóvel de volta e a professora recusou e disse que ia seguir os trâmites normais: o telemóvel seria entregue à direcção que depois o entregaria aos pais. A aluna conseguiu, não sei de que forma, contactar os pais, dizendo-lhes que tinha sido agredida pela professora», conta a mesma fonte. 
Os pais da aluna do 6º ano, feirantes, foram à escola e, enquanto o pai estava reunido com o director, a mãe agrediu a professora. «Deu-lhe umas bofetadas e puxou-lhe o cabelo», acrescenta a fonte da PSP à TVI. 
A polícia tomou conta desta ocorrência e identificou a mãe da aluna. A professora terá optado por não apresentar queixa. 
Mais tarde, «não se sabe bem como, surgiu um boato de um caso de ébola na escola». O boato terá sido lançado entre os alunos, que contactaram os pais e estes acorreram à escola. Em pouco tempo, «cerca das 14:45/ 15:00», juntaram-se dezenas de pessoas à porta da escola. A PSP foi chamada a controlar a multidão e enviou uma patrulha da escola segura e um outro carro patrulha. «Cerca das 16:00, já estava tudo normalizado», garante a PSP.  
Confap pede mais meios e autonomia para as escolas
O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defendeu, esta quarta-feira, mais meios e autonomia das escolas para evitar «situações isoladas» como as agressões desta semana no Porto, alertando que falta na escola pública uma «linha de responsabilidade». 
«Nas escolas públicas falta alguma organização e autoridade do sistema. Quando existe uma situação que não está correcta, o director [da escola] não tem autoridade nenhuma. Quem tem é a tutela. Mas é a escola que tem de ter capacidade para decidir», observou Jorge Ascensão, presidente da Confap, em declarações à agência Lusa. 
«Não há uma linha de responsabilidade na escola pública», acrescentou. 
Para o responsável, a agressão de um aluno de 16 anos a um funcionário numa escola de Gondomar, e da mãe de uma aluna a uma professora de um estabelecimento de ensino no Porto foram «casos isolados», mas também consequência de, na escola pública, «ser muito complicado» colocar os problemas «nos carris» quando «proactivamente as pessoas falham».
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Ora são «feirantes» com ar de ciganos... o texto da imprensa «livre» pode dizer que são «feirantes», mas não pode dizer que são ciganos... «se calhar» porque identificar a etnia dos agressores seria «racismo», e a discriminação é pecado e tal... 

Mas qual discriminação é que é pecaminosa? 

A discriminação étnica, claro está, porque a discriminação sócio-profissional, essa não tem mal nenhum... 

Será que os feirantes de etnia portuguesa não se poderão sentir «lesados» e «discriminados» por se falar tantas vezes, nos jornais, em «feirantes»? Não poderão fazer algum protesto a queixarem-se por «discriminação!!!!!!!!!!!!!!!», e a dizerem que «ai nem todos os feirantes são assim, há feirantes que se portam bem, aliás, a esmagadora maioria dos feirantes tem um comportamento exemplar!!!!»

Em acontecendo isto, até podia ser que os jornalistas, excelentes seres humanos (vocabulário da moda no seio da elite culturalmente dominante, expressão que, note-se, exclui identificação étnica e sexual, qu'é pa' ser mais igualitário)  sensíveis de todo, se abstivessem, doravante, de identificar esta e outras profissões. Já agora aproveitavam e deixavam também de falar em «jovens» quando se referissem a assaltantes e agressores diversos, porque isso é discriminação etária... e os futuros textos noticiosos deste tipo de situações ficaria mais ou menos assim: «uma pessoa assaltou outra pessoa ontem à tarde, agredindo-a com violência e furtando-lhe diversos pertences. A pessoa assaltante (convém não dizer «o assaltante» porque isso já aponta para uma identificação de género) encontra-se em fuga, enquanto a vítima recebe agora cuidados médicos.» Não será apropriado identificar o local, dado que alguns poderão começar a alimentar preconceitos contra gente de determinado bairro... A notícia acaba por não dizer grande coisa, mas pelo menos não discriminará ninguém e estar-se-à então a caminho de uma sociedade de pessoas cidadãs do mundo...

Claro que dificilmente se chegaria a isso. Porque, de facto, o que incomoda realmente a elite reinante é a existência de barreiras intransponíveis entre as pessoas. Toda a gente pode, teoricamente, ser feirante, e tudo o que é adulto passa pela juventude, mas a diferença racial é que é uma porra porque não se consegue contorná-la de maneira nenhuma... bem, pode-se aldrabar a Ciência e negá-la, mas está visto que a coisa não pega, vai daí há que proibir-se a referência à raça, para assim se poder impingir às massas uma destruição total de fronteiras entre as pessoas, entenda-se, uma aniquilação completa das identidades reais.