segunda-feira, agosto 25, 2014

SOBRE UMA LIBERAL DE ESQUERDA SUL-AFRICANA QUE LUTOU CONTRA O APARTHEID E AGORA NÃO QUER PASSAR ONDE HÁ MUITOS NEGROS...

Tem alguma piada este artigo http://www.europeanknightsproject.com/marxist-daughter/ da autoria de um sul-africano branco que comenta o receio que a sua filha esquerdista tem de passar de carro numa zona de negros na África do Sul...
Segundo conta o dito pai, a senhora andou anos a lutar contra o apartheid sul-africano, chegando a apoiar o ANC, organização marxista. O pai era aquilo a que se chamava um moderado, aberto à mudança, mas a filha fez de facto campanha a favor do primeiro presidente negro. Dizia que osa negros do ANC eram «o seu povo». Agora, depois do fim do apartheid, vive nos EUA, isto é, abandonou o país depois da queda do regime «racista», tal como muitos outros liberais de Esquerda. E, mais recentemente, quando o pai a foi buscar ao aeroporto e no caminho para casa a filha, a conduzir, circulou por uma zona habitacional cheia de negros em Joanesburgo, disse que não se sentia nada confortável a passar por ali. O pai até julgou que tinha percebido mal... ao fim ao cabo nem sequer estavam no Soweto ou em Alexandria Township, mas simplesmente numa área mista, onde os negros constituíam a maioria. e perguntou-lhe e de facto constatou que a filha não estava mesmo a gostar do que a rodeava...

É mais uma entre muitos do seu género. E alguns continuam a escudar-se da realidade alegando que «o problema é sócio-económico», até porque de facto desprezam, odeiam até, todo o critério de lealdade ao sangue, atendo-se apenas às diferenças de classe e de sucesso económico, daí que mantenham um «secreto» desprezo pelo «povinho». Subsequentemente, põem facilmente negros e brancos pobres no mesmo saco, aliás, nos mesmos bairros, e se há problemas entre estes, isso é «lá deles, coisas do povinho, eles que se entendam», e se algum branco pobre manifesta sentimentos racistas ainda leva com o rótulo de «ignorante» ou «mal formado», tendo pois de comer e calar, aguentar em silêncio e não arranjar problemas, ou por outra, deixar que os problemas o arranjem e moldar-se ao que for preciso - ao que for preciso para que liberais e capitalistas continuem a poder ter mão de obra barata e a satisfazer a sua «consciência» humanista e anti-racista. 

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Creio que neste caso específico é preciso ponderar um pouco a culpa da moça. Pela narração dos fatos, época em que o fato se iniciou, narração pelo pai, me parece que a moça era uma adolescente.

Ou seja, não dá para se ficar odiando tanto ela assim. Pelo que eu li a história narra muito mais um caso de amadurecimento e crescimento da consciência da realidade do que um fato de real contradição com as crenças anteriores. Jovens simplesmente são idiotas, é uma fase, neste caso a fase passou naturalmente como deveria passar.

É diferente de enfrentar um esquerdista velho ou pelo menos já feito homem ou mulher e totalmente perdido.

Me preocupa muito mais a atitude do pai em ficar narrando o que sua filha pensa sobre isto, deveria proteger o racismo - consciência racial - da filha ocultando o fato. Vai que algum programa de TV leia sobre este fato e então resolva submeter a moça a sessões de sensibilização para a diversidade, para "convencer ela de que a realidade não é como ela pensa que é".

26 de agosto de 2014 às 22:28:00 WEST  

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